Quais microrganismos são combatidos pelos antimicrobianos?

Microrganismos são, como o próprio nome indica, organismos muito pequenos que só podem ser observados com o auxílio de um microscópio. Eles podem ser tanto unicelulares quanto multicelulares e estão presentes em todos os lugares do planeta. A área responsável pelo estudo de tais organismos é a microbiologia. [Brites, Alice Dantas]

Afinal, o que são microrganismos?

A classificação dos microrganismos não é feita de modo taxonômico, ou seja, não leva em consideração a separação de reinos e as características comuns dos participantes. No entanto, é uma classificação muito utilizada na ciência e na tecnologia devido à importância desses organismos. Vírus, bactérias, fungos, protozoários, ácaros e algas unicelulares são classificados como microrganismos dentro da microbiologia.

Os vírus, na verdade, estão na fronteira do que se considera um ser vivo, sendo motivo de divergência entre muitos microbiologistas quanto à sua classificação. [Vidyasagar, 2016] Apesar da discordância de opiniões, os vírus estão entre os principais microrganismos patogênicos, juntamente com fungos, bactérias e protozoários, podendo causar doenças infecciosas. Dessa forma, é preciso combater esses organismos patogênicos com a utilização de antimicrobianos.

Cada um no seu quadrado!

Assim como “microrganismos” é um termo geral que inclui várias classes de organismos, “antimicrobiano” também é uma designação geral para substâncias que atuam contra micróbios. Entretanto, para cada tipo de criatura se tem um tipo específico de antimicrobiano.

Por exemplo, existem os antivirais, que são específicos contra vírus e atuam inibindo o seu desenvolvimento no hospedeiro em vez de matá-lo. Os antivirais possuem diversos mecanismos de atuação distintos, incluindo o fortalecimento do sistema imunológico do hospedeiro para que possa combater o intruso mais facilmente e o bloqueio da liberação de seu material genético, impedindo que haja replicação. [GALLAGHER, 2014]

Infecções protozoárias devem ser tratadas com anti protozoários, porém como esses microrganismos diferem muito de um para outro, o tratamento deve ser específico para cada tipo de doença, tendo cada substância um mecanismo de ação contra o parasita.

Tanto os antibacterianos quanto os antifúngicos possuem dois tipos de classificação, de acordo com o seu efeito sobre o microrganismo. Há bactericidas e fungicidas, que matam mais de 99% da bactéria ou do fungo alvo. Existem também os bacteriostáticos e fungistáticos que inibem o crescimento dos respectivos microrganismos, mas não os matam. Outra forma de interpretação para o agente cída é que ele impede que o microrganismo em questão volte a crescer durante um período de tempo considerável, enquanto que o agente estático permite que o patógeno volte a se multiplicar pouco tempo depois que o contato com o antimicrobiano é cessado. [Lewis, J. and Graybill, J. 2014]

Antimicrobianos na medida certa

Apesar de o termo “antimicrobiano” ter uma grande abrangência, normalmente quando é utilizado, refere-se principalmente ao combate de fungos e bactérias, ainda mais quando se trata de aplicação industrial. Isso acontece porque os mecanismos de ação dos antivirais, por exemplo, atuam dentro de um corpo hospedeiro já infectado pelo vírus, enquanto que os antifúngicos e antibacterianos (também chamados de antibióticos) podem ser utilizados como modo de prevenção contra a infecção, como na proteção de superfícies expostas à contaminações cruzadas e inibição total ou parcial da formação de colônias em ambientes quentes e úmidos.

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