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Livre de PFC's: qual a importância para a indústria têxtil?
Um dos grandes desafios da indústria têxtil na produção de tecidos hidrorrepelentes é encontrar soluções no mercado que sejam livres de compostos perfluorados PFCs ou fluorcarbono.
Produtos voltados para workwear como uniformes e vestimentas especiais, casual como jaquetas e calçados, além de esportes em roupas fitness, calçados hidrorepelentes são extremamente desejados e demandam por novas tecnologias e que sejam cada vez mais sustentáveis.
A sigla PFC significa produtos químicos perfluorados ou produtos químicos polifluorados. Outro termo mais comum é o de “fluorcarbonetos”.
Em resumo, PFC é uma família de compostos químicos sintéticos feitos de carbono e flúor, nos quais todos os átomos de hidrogênio foram substituídos por átomos de flúor.
Alguns exemplos de PFCs incluem:
Tetrafluorometano (CF4);
Hexafluoreto de enxofre (SF6);
PFO (Perfluorooctano).
Qual a propriedade dos PFCs?
Essa substituição torna esses compostos:
Altamente estáveis e resistentes à degradação química;
Propriedades repelentes à água e óleos.
Onde se utilizam os fluorcarbonetos?
Os PFCs são produzidos e usados em uma ampla gama de produtos de consumo, por exemplo:
Utensílios de cozinha antiaderentes: estão presentes em revestimentos de panelas e frigideiras, proporcionando superfícies antiaderentes que facilitam o cozimento e a limpeza.
Roupas e calçados repelentes à água: muitos tecidos impermeáveis, jaquetas e calçados, por exemplo, contêm produtos químicos perfluorados para evitar a penetração de água e manchas, mantendo os usuários secos e protegidos em condições úmidas.
Embalagens de alimentos: PFCs são aplicados em embalagens, como caixas de pizza e sacos de pipoca para micro-ondas, para evitar que o óleo e a gordura passem para o exterior.
Espumas contra incêndio: devido à sua eficiência em suprimir chamas, se utiliza usualmente em espumas de combate a incêndios, especialmente em aeroportos e refinarias.
Produtos de limpeza e polimento: usam-se certos PFCs em ceras e polidores para criar uma camada protetora em móveis, carros e pisos, repelindo assim, água e sujeira.
No entanto, estudos têm demonstrado que os PFCs são altamente persistentes no ambiente, o que significa que eles não se degradam facilmente e podem permanecer por longos períodos no solo, na água e na atmosfera.
Esta persistência gera preocupações ambientais e de saúde, uma vez que PFCs têm sido associados a efeitos adversos em organismos aquáticos, além de potencial bioacumulação na cadeia alimentar. Pesquisas indicam também possíveis riscos à saúde humana, incluindo problemas hormonais e impactos no sistema imunológico.
Um ponto muito importante é saber que existem diferentes tipos de PFCs.
Os compostos fluorcarbonos podem ter:
Cadeia longa, ou seja, têm mais átomos de carbono e são incrivelmente persistentes no meio ambiente;
Fluorcarbonos de cadeia curta, também são resistentes à degradação, embora em menor escala.
Por que NÃO utilizar PFCs na indústria têxtil?
Em resumo, na indústria têxtil, sabemos que há uma busca constante por parte dos consumidores, por têxteis capazes de repelir líquidos e manchas, podendo ser repelentes e muito mais fáceis de mantê-los limpos.
Os PFC’s têm as propriedades ideais para tornar estes têxteis hidrorepelentes, porém paga-se um preço altíssimo ao utilizar estas substâncias na indústria têxtil.
Vamos explicar o porquê.
Por que os PFCs são perigosos?
Há pesquisas sobre os efeitos dos PFCs na saúde humana, nos animais e no meio ambiente.
Uma das mais conhecidas é a extensa pesquisa realizada pelo Greenpeace há quase uma década, chamada Footprints in the Snow.
Foram encontrados fluorcarbonos em amostras coletadas em todo o mundo e concluiu-se que os PFCs de cadeia curta não deveriam substituir os PFCs de cadeia longa. Ambos precisam ser banidos!
Impactos negativos aos humanos
Outros estudos científicos continuam analisando se os PFCs afetam diretamente a saúde humana.
Embora evidências conclusivas ainda não tenham surgido, há vários indícios que ligam os PFCs a problemas de saúde humana, como:
Respostas imunológicas reduzidas;
TDAH;
Fertilidade;
Câncer.
Os PFCs são disruptores endócrinos, potencialmente perigosos para a saúde, mesmo em pequenas quantidades.
Impactos negativos à natureza
Bioacumulação: os PFCs acumulam-se nos tecidos de organismos vivos, especialmente na fauna aquática, e concentram-se ao longo das cadeias alimentares, amplificando assim, os níveis de exposição em predadores de topo.
Dispersão global: por causa da sua resistência à degradação, os PFCs podem se dispersar amplamente, sendo encontrados em locais remotos, regiões polares, por exemplo, longe de suas fontes de emissão.
Contaminação de recursos hídricos: esses compostos são solúveis em água, facilitando sua disseminação em corpos d'água, onde podem contaminar ecossistemas aquáticos e afetar a qualidade da água potável.
Impacto na fauna: a exposição contínua aos PFCs pode causar toxicidade em várias espécies, como distúrbios endócrinos, efeitos imunotóxicos e alterações reprodutivas em peixes, aves e mamíferos.
Interferência no ciclo biogeoquímico: a persistência dos PFCs interfere nos ciclos naturais de elementos como carbono e nitrogênio, potencialmente alterando processos ecológicos essenciais.
Risco à biodiversidade: a toxicidade e a bioacumulação dos PFCs podem reduzir a biodiversidade, porque compromete a saúde e a resiliência dos ecossistemas afetados.
Muitos estudos e pesquisas são feitas a fim de conseguir alguma substância com as mesmas propriedades, porém que sejam livres de PFCs e fluorcarbono.
Pensando na necessidade da indústria, a TNS Nano lançou em 2022, o aditivo hidrorrepelente DryGuard, livre de fluorcarbono e silicone.
Performance de hidrorepelente livre de PFC
O DryGuard é altamente eficaz para repelir a água de tecidos como poliéster.
Desenvolvido à base de compostos orgânicos não-halogenados com a funcionalidade de hidrorrepelência para aplicações em diversos artigos têxteis e com diversos benefícios, por exemplo:
Produtos desenvolvidos com tecnologia de ponta;
Compatível e estável em diversas formulações;
Alta eficácia em baixas percentuais de aplicação;
Biocompatível e biodegradável;
Livre de fluorcarbono e silicones.
Tudo isso em conformidade com as normas internacionais vigentes.
O hidrorepelente livre de PFCs Dryguard é aprovado na norma AATCC 22.
Destaque- se no mercado têxtil e calçadista com soluções inovadoras e sustentáveis.
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Vivian Sakihara
Autora
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