Segundo a ABNT/TB-392, tecido é uma estrutura produzida pelo entrelaçamento de um conjunto de fios de urdume, e outro conjunto de fios de trama, formando ângulo de (ou aproximadamente) 90°.
Já o nãotecido segundo a norma NBR-13370, é uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras ou filamentos.
Orientados direcionalmente ou ao acaso, consolidados por processo mecânico (fricção) e/ou químico (adesão) e/ou térmico (coesão) e combinação deles.
Ou seja, de forma mais simples, o nãotecido é produzido a partir de fibras desorientadas que são aglomeradas e fixadas, não passando pelos processos têxteis mais comuns que são fiação, tecelagem e malharia.
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Primeiramente vamos entender qual a composição do nãotecido.
Na maioria dos casos, as fibras e filamentos representam a principal matéria-prima. Sendo elas Artificiais (viscose, vidro e silicone), Naturais (Lã, algodão, cashmere, etc…) e Sintéticos (PE, PP e PA).
As propriedades das fibras/filamentos somadas às fornecidas pelo processo de fabricação definem as características finais dos nãotecidos.
A sua produção combina diversas tecnologias, sendo assim um setor muito suscetível à inovação e desenvolvimento tecnológico.
Podem sofrem mudanças de empresa para empresa, mas o processo pode ser descrito de forma geral:
Processo de Consolidação por Via úmida
Neste processo, as fibras são suspensas em meio aquoso em um tanque que alimenta uma esteira. É então formado o véu em uma esteira, que deve passar posteriormente por um processo de secagem. Após seco, a próxima etapa é o processo de consolidação.
A consolidação mecânica é dada por expressar a consolidação através de forças friccionais e o entrelaçamento das fibras por agulhagem ou hidroentrelaçamento, que são os métodos mais comuns.
Na consolidação por agulhagem, a técnica é definida como entrelaçamento mecânico de fibras com a utilização de agulhas com farpas.
Estes nãotecidos são obtidos pelo entrelaçamento dos véus de fibras ou de véus de filamentos contínuos.
Para melhor entendimento, podemos representar o processo com a seguinte imagem:
Processo de Consolidação por Agulhagem
O conceito da agulhagem parece complexo, mas é mais simples do que imaginamos.
O véu fica estendido entre duas esteiras estacionárias, a mesa inferior é o extrator.
O véu então é perfurado por um grande número de agulhas (cerca de 400 agulhas/m) em toda a agulhadeira.
As agulhas possuem geralmente um formato triangular e saliências (farpas) nas pontas.
Dessa forma, quando as agulhas penetram o véu, as farpas capturam algumas fibras e as puxam através de outras fibras.
Sendo assim, quando a agulha sobe o entrelaçamento é formado pelas fibras consolidando o véu.
Outro processo para consolidação é o hidroentralaçamento, que é muito interessante, pois no mesmo processo onde é realizado a consolidação do véu o mesmo pode ser aditivado com aditivos líquidos.
Há, então, oportunidade de ganhar novas funcionalidades e valor agregado como um tecido ainda mais tecnológico.
Como o processo já diz, a consolidação se dá através da aplicação de jatos de água a pressões altíssimas (40 a 250 bar) através de pequenos orifícios.
O véu passa continuamente sob esses jatos e sobre uma esteira perfurada por onde a água é removida.
Através desse processo as fibras sofrem uma torção ou entrelaçamento por causa da turbulência da água após atingir o véu.
É uma técnica muito versátil pois pode ser aplicada nas mantas formadas por todos os métodos já citados: Via seca, via úmida e fundida.
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Esta tecnologia confere grau de pureza único, resistência, baixo desprendimento de partículas e alto poder de absorção.
Sendo assim os nãotecidos consolidados hidromecanicamente são adequados para limpeza em geral de equipamentos e ambientes onde seja necessário evitar contaminação de agentes externos, como indústrias alimentícias, farmacêuticas, produtos médico-hospitalares descartáveis, palmilhas para calçados e base de forro sintético.
Ou seja, podemos observar que os nãotecidos são produtos com um processo complexos de produção, sendo assim um tecido tecnológico.
Apresenta também, campo para desenvolvimento tecnológico, inovação e com amplo mercado consumidor.
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Cada vez mais a indústria têxtil tem apresentado a implementação de novas tecnologias em seus produtos, oferecendo novidades e benefícios aos seus consumidores.
Hoje existe uma tendência para o investimento em soluções que agreguem saúde e o bem-estar ao produto final.
Uma das melhores alternativas para esse caso é a utilização dos aditivos antimicrobianos.
Leia mais em: 10 Fatos sobre tecidos inteligentes para a indústria têxtil
A TNS desenvolve e comercializa aditivos antimicrobianos, com ações antibacterianas e antifúngicas.
Estes aditivos são produtos químicos, geralmente na forma líquida. Podem ser adicionadas em algumas etapas do processo de produção dos nãotecidos.
Por exemplo: na etapa de formação de manta no tanque de solução fibrosa; na etapa de consolidação da manta no hidroentralaçamento.
A dosagem dos nossos aditivos utilizados nos processos é baixa, sendo assim não altera as características do produto aditivado.
Além de, claramente, conferir a propriedade de eliminar os microrganismos presentes no nãotecido e que eventualmente venham a entrar em contato, com eficácia comprovada por normas nacionais e internacionais.
O potencial de consumo de produtos que utilizam essa tecnologia é de certa forma imensurável.
Considerando que a utilização de nãotecidos hoje abrange uma enorme variedade de setores chaves do mercado, entre elas: têxtil, médico-hospitalar, automobilístico, calçadista e alimentício.
Então seja um protagonista no mercado de produção de nãotecidos e traga inovação para o seu negócio através de uma parceria com a TNS, temos um time totalmente capacitado para implementar nossas soluções aos seus produtos.
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