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O que você precisa saber sobre Tecidos para a Área da Saúde

Em 2011, a Associação Nacional de Biossegurança (Anbio) fez uma revelação alarmante: em média, 80% dos hospitais brasileiros não fazem o controle adequado para evitar infecções hospitalares.

Cem mil pessoas morrem por ano por conta desse tipo de contaminação.

Na área da saúde, os tecidos antibacterianos auxiliam no controle microbiológico para oferecer mais biossegurança e bem-estar a profissionais da saúde e pacientes em geral.


O perigo encontrado em ambientes hospitalares

Naturalmente, o ser humano encontra-se em exposição permanente com um grande e variável número de bactérias, fungos e vírus.

Estes microrganismos, na sua maioria patogênicos, podem existir na água, solo, alimentos e também nos materiais têxteis que estão diretamente em contato com a pele do homem.

As doenças consideradas infecciosas são responsáveis por um elevado número de mortes e têm um papel ainda mais relevante na área hospitalar, onde se observa o maior número de ocorrências.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que as infecções hospitalares atingiram 14% dos pacientes internados no Brasil em 2011.

Os hospitais são considerados os locais ideais para a propagação de microrganismos e os têxteis estão presentes em diversas áreas das unidades de saúde, mostrando-se uma importante fonte de contaminação entre profissionais de saúde e pacientes internados.

A transmissão de infecções nesses ambientes é essencialmente por via aérea, podendo ocorrer também por contato direto ou indireto através de materiais e superfícies contaminadas, como luvas quando não são trocadas no atendimento a pacientes distintos.

Essas superfícies contaminadas, segundo estudos já realizados, apresentam diversos fungos, vírus (incluindo hepatite e HIV) e bactérias, e são responsáveis pela contaminação cruzada entre pessoas que frequentam hospitais, tanto pacientes, como médicos e enfermeiras, e até mesmo visitantes.

O que dizem as pesquisas sobre o assunto?

Atualmente, sabe-se que o desenvolvimento de microrganismos nas camisolas e nos próprios lençóis de pacientes internados em unidade de saúde é constante e bastante preocupante.

Em 2000, Neely e Maley procuraram determinar o tempo de sobrevivência de bactérias do tipo Gram-negativas em tecidos e plásticos utilizados diariamente nos hospitais.

Utilizaram sete tipos de amostras que incluiu toalhas, roupas de algodão, uniformes, cortinas, roupas de compressão, aventais plásticos e protetores de teclados, que foram inoculados com 22 tipos de bactérias (algumas resistentes e outras sensíveis a antibióticos como Vancomicina e Meticilina).

Eles concluíram que a sobrevivência dos microrganismos nos diferentes materiais era dependente da bactéria, do inóculo e do material testado, mas todos os inóculos viveram por pelo menos 1 dia e alguns passaram de 90 dias, sendo que esse tempo de sobrevivência nas superfícies não esteve ligado ao nível de resistência a antibióticos do inóculo.

Outro estudo realizado por Ohl e sua equipe (2012) teve como objetivo determinar a prevalência e o tempo de sobrevivência das bactérias em hospitais.

Concluíram que 92% dos materiais de cortina estudados tinham contaminação ao final de uma semana a contar da desinfecção, incluindo a presença das bactérias MRSA e VRE que são resistentes e difíceis de se combater com antibióticos comuns.

Esses microrganismos podem persistir seu crescimento num local por meses e até anos, tornando-se uma fonte contínua de transmissão.

Os fungos também estão presentes nas unidades de saúde: os pesquisadores Neely e Orloff (2001) descobriram que tecidos e plásticos podem servir como lugar de crescimento para fungos como C. albicans e Aspergillus por mais de 30 dias, com suas células mantendo-se viáveis até mesmo em materiais sintéticos como poliéster, polietileno e poliuretano, usados para fazer peças de roupa, espumas e revestimentos, por exemplo.

O combate aos microrganismos com tecidos inteligentes

Muitos pesquisadores afirmam que as taxas de infecções hospitalares estão aumentando e que o uso de têxteis antimicrobianos pode reduzir significativamente a carga microbiana nos ambientes hospitalares, consequentemente diminuindo as infecções perigosas.

Afirmam, portanto, que esses materiais devem ser usados como ferramenta de primeira linha para combater os problemas de saúde pública.

Antimicrobianos podem ser aplicados nos têxteis para confecção de jalecos usados por médicos, enfermeiros e técnicos, lençóis e fronhas de leitos hospitalares, cortinas e até mesmo nos filtros de ar-condicionado dos sistemas de climatização hospitalares.

Pesquisadores do Journal of Clinical Microbiology, uma revista científica renomada, discutiram como o tratamento desses têxteis hospitalares pode ser mais eficaz para que as superfícies fiquem protegidas por mais tempo e evitem infecções.

A solução encontrada é o tratamento com desinfectantes na hora da lavagem e a aplicação de um antibacteriano na parte do enxágue, normalmente com base em quaternário de amônio.

Recentemente, com o surgimento da nanotecnologia, vieram os antibacterianos à base de nanopartículas metálicas, que representam uma revolução da biossegurança dos tecidos hospitalares.

A incorporação de antimicrobianos nanotecnológicos oferece proteção prolongada com resistência a lavagens, usando-se de uma quantidade de aditivo bastante reduzida em comparação com as moléculas em escala macro.

Além dos tecidos tradicionais como os conhecemos (poliéster, algodão e outros), têm-se estudado tecidos para curativos incorporando antimicrobianos à base de nanopartículas de prata com o objetivo de conferir um grau de cicatrização mais rápido a um ferimento, com sucesso.

Existem vários produtos já disponíveis no mercado com eficiência comprovada e de uso seguro.

Como a TNS Nano atua nos tecidos para a área da saúde

Além da indústria de tintas, polímeros e cerâmicas, a TNS Nano também atua no setor médico-hospitalar com soluções contra a contaminação cruzada e os perigos microbiológicos em geral.

Os aditivos TNS Nano podem ser utilizados na indústria de tecidos hospitalares, com aplicação prática no processamento têxtil. E

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Artigo redigido por Geórgia Aimée Bruel Müller

Proteção antiviral em têxteis

Vivian Sakihara
Autora
planta

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